quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Caindo na Rede


           A Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) possui a vocação e o objetivo de uma articulação nacional dos educadores ambientais brasileiros. Começou no clima da Eco92, onde foi lançada a ideia de uma Rede Ambiental, na qual se adotou como carta de princípios o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global” e como padrão organizacional a estrutura em rede. A intenção era ampliar experiências locais, possibilitar o intercâmbio, pressionar por políticas públicas para atender as demandas de base. A partir disso, a Rede começou então a se expandir. De todas as regiões do país, centenas de pessoas e trabalhos estavam sendo inscritos.
            A atuação da REBEA tem sido voltada para articular as redes estaduais e temáticas, de forma a criar uma grande malha nacional de educadores ambientais.

            Segue abaixo, alguns sites de acesso das Redes de Educação Ambiental Brasileira:

·         Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental - http://www.reasul.org.br
·         Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental - http://www.redeceas.esalq.usp.br
·         Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista - http://reapunesptupa.blogspot.com.br
·         Rede Capixaba de Educação Ambiental –  www.recea.org.br
·         Rede Mineira de Educação Ambiental –  http://br.groups.yahoo.com/group/rmea
·         Rede Paulista de Educação Ambiental –  www.repea.org.br
·         Rede de Educação Ambiental da Bacia do Rio São João – www.lagossaojoao.org.br
·         Rede de Educação Ambiental Linha Ecológica / Bacia Hidrográfica do Rio Paraná III – Linha Ecológica www.linhaecologica.com.br
·        Rede Universitária de Programas de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis – www.uefs.br/rupea
·         Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade – www.rejuma.org.br
·        Rede Brasileira de Educomunicação Ambiental – http://br.groups.yahoo.com/group/rebecadobrasil/
·         Rede de Educação Ambiental do Cerrado –  http://br.groups.yahoo.com/group/reacerrado/
·         Rede Pantanal de Educação Ambiental – www.redeaguape.org.br
·         Rede Mato-grossense de Educação Ambiental – www.ufmt.br/remtea
·         Rede de Educação Ambiental do Rio Grande do Norte – http://br.groups.yahoo.com/group/rede_ea_rn/
·         Rede Alagoana de Educação Ambiental –  http://br.groups.yahoo.com/group/reaal/
·         Rede de Educação Ambiental de Sergipe – www.rease.org.br
·         Rede de Educação Ambiental de Pernambuco – www.reape.pe.gov.br
·         Rede de Educação Ambiental da Paraíba – www.prac.ufpb.br/reapb
·         Rede Baiana de Educação Ambiental –  http://br.groups.yahoo.com/group/reaba/
·         Rede Acreana de Educação Ambiental –  http://br.groups.yahoo.com/group/redeacre/
·      Dentre outros que não possuem sites específicos, mas que nos colocam a disposição os emails para informações. Maiores detalhes das redes brasileiras encontradas, basta acessar o site http://www.rebea.org.br/arquivorebea/redes.htm, onde irá conhecer as redes articuladas na malha da Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA).

            As redes de educação ambiental brasileiras caracterizam-se pelo seu potencial de interatividade e pela democratização da informação, da cultura, do conhecimento, de inclusão social, emancipação política e o exercício da cidadania responsável. Revela um caráter de pluralidade, bem como a diversidade de gênero, etnias, culturas e capacidades físicas.
          É de grande importância, na qual contribui muito para o trabalho de todos, pois proporciona de forma interdisciplinar, a divulgação de informações que interagem diversos conteúdos ambientais e também a formação de educadores que propõe mudanças de hábitos ambientais aos usuários. A Educação Ambiental é um tema novo, complexo e o educador mesmo diante desse desafio, atua por meio de processos pedagógicos como motivador da mudança de comportamento em relação ao meio ambiente, que para atuar com confiança, precisa estar sempre atualizado com as questões ambientais, que são dinâmicas. Nestas redes é possível que o educador divulgue suas opiniões e dúvidas, estimulando e contribuindo assim, para a disponibilização de novos processos de formação sobre educação ambiental. Acredito que através delas, um espaço aberto para essa formulação, reflexão e discussão de ideias e propostas relacionadas à sustentabilidade e Educação Ambiental, podemos promover uma inter-relação com todos os participantes, uma troca de experiências, ideias, informações que motivem o nosso conhecimento, o nosso dia a dia dentro e fora da sala de aula, as nossas atitudes, uma integração dos projetos e ações ambientais, uma ótima compreensão dos temas de forma e maneira adequada, na qual sejamos capazes de disseminar as informações de Educação Ambiental por meio dessas redes para uma difusão de conhecimentos, práticas educacionais e desenvolvimento de metodologias, além de nos ajudar a fortalecer essas ações ambientais e ampliar as formas de integração e articulação nas escolas, nas comunidades, na sociedade em geral. Ou seja, são ideais, sonhos, conhecimentos e objetivos que compartilhados, tecem a cidadania necessária para a construção de uma cultura de paz e uma sociedade sustentável, no qual nos tornam mais sensíveis as questões ambientais.
            “Num mundo de grandes poderes, grandes mídias e monopólios, participar de redes de conexões é uma forma de liberdade, uma forma de democracia, uma nova forma de felicidade.” (Robert Muller)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Tema Transversal: Meio Ambiente


INTRODUÇÃO

            Os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) e compreendem seis áreas: Ética, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural e Trabalho/Consumo. Além desses temas, podem ser desenvolvidos os temas locais, que visam a tratar de conhecimentos vinculados à realidade local. Eles devem ser recolhidos a partir do interesse específico de determinada realidade, podendo ser definidos no âmbito do Estado, Cidade ou Escola. Uma vez feito esse reconhecimento, deve-se dar o mesmo tratamento que outros temas transversais.
            Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade contemporânea. A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade cultural não são disciplinas autônomas, mas temas que permeiam todas as áreas do conhecimento, e estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano. 
            Portanto, a ideia-chave dos PCNs é reinserir a escola e toda comunidade escolar no plano da vida real, tratando de questões importantes e que estão presentes no cotidiano dos alunos. Através da Ética, o aluno deverá entender o conceito de justiça baseado na equidade e sensibilizar-se pela necessidade de construção de uma sociedade justa, adotar atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças sociais, discutindo a moral vigente e tentando compreender os valores presentes na sociedade atual e em que medida eles devem ou podem ser mudados. Através do tema Meio Ambiente o aluno deverá compreender as noções básicas sobre o tema, perceber relações que condicionam a vida para posicionar-se de forma crítica diante do mundo, dominar métodos de manejo e conservação ambiental. A Saúde é um direito de todos. Por esse tema o aluno compreenderá que saúde é produzida nas relações com o meio físico e social, identificando fatores de risco aos indivíduos necessitando adotar hábitos de autocuidado. A Pluralidade cultural tratará da diversidade do patrimônio cultural brasileiro, reconhecendo a diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos e repudiando toda forma de discriminação por raça, classe, crença religiosa e sexo. A orientação sexual, numa perspectiva social, deverá ensinar o aluno a respeitar a diversidade de comportamento relativo à sexualidade, desde que seja garantida a integridade e a dignidade do ser humano, conhecer seu corpo e expressar seus sentimentos, respeitando os seus afetos e do outro.
            Os Temas Transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na escola. Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência social, a abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da realidade e da participação social. Temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, preocupando-se também em interferir na realidade para transformá-la. Atuam como eixo unificador, em torno do qual se organizam as disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas. O que importa é que os alunos possam construir significados e conferir sentido aquilo que aprendem.
            O papel da escola ao trabalhar Temas transversais é facilitar, fomentar e integrar as ações de modo contextualizado, através da interdisciplinaridade e transversalidade, buscando não fragmentar em blocos rígidos os conhecimentos, para que a Educação realmente constitua o meio de transformação social. A ação pedagógica através dessa interdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tornou-se a experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas experiências cotidianas do aluno, do professor e da sociedade que, na teoria positivista era compartimentada e fragmentada. A sabedoria, o conhecimento, a vivência, a escola, a comunidade, o meio ambiente, dentre outros, tornou-se nos últimos anos, o objetivo da interdisciplinaridade que se traduz na prática, por um trabalho coletivo e solidário na organização do saber. Um projeto interdisciplinar de educação, por exemplo, deverá ser marcado por uma visão geral da educação em um sentido progressista e libertador.
            As temáticas da diversidade podem e devem fazer parte do cotidiano escolar. Educadores podem lançar mão de estratégias de ensino e aprendizagem que utilizem os Projetos Interdisciplinares como mecanismos de inserção de atividades que tratem prazerosa e substancialmente das questões de gênero, etnias, ambientes e culturas. Isso pode ser feito de maneira que os educandos fortaleçam os seus vínculos com suas próprias identidades e subjetividades.
            No âmbito das políticas públicas voltadas à Educação, muitas ações são destinadas principalmente ao Meio Ambiente. Essas questões ambientais incluem-se dentre os temas contemporâneos que exigem uma abordagem inter e transdisciplinar, contemplando uma nova articulação das conexões entre as ciências naturais, sociais e exatas. Nesse contexto fica evidente a importância do papel da Educação Ambiental no despertar da consciência para a cidadania, pois é ela que através do seu princípio de abordagem holística da realidade, vai levar os alunos a reconhecer e compreender a relação entre o seu cotidiano pessoal e a questão ambiental, com alcance muito mais amplo.
            Cabe a nós como docentes desenvolvermos uma visão mais crítica do processo de educação e utilizar da Didática como instrumento de pesquisa e transformação das ações desenvolvidas no âmbito da escola, seja em qualquer dos níveis de nossa atuação. Criticar e apontar falhas não são suficientes, é preciso buscar o entendimento do contexto social e assim inserir novas formulações.        Com base nos preceitos e na perspectiva das diretrizes da Política Nacional de Educação (Lei nº 9795/99), que coloca como um dos objetivos fundamentais da Educação Ambiental, a necessidade do desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente, em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos, essa atividade tem por objetivos, relatar as experiências práticas de como inserir no cotidiano escolar, a temática meio ambiente de forma transversal; contribuir para fomentar a reflexão sobre os processos de Educação Ambiental, visando auxiliar na implementação e implantação de projetos, de atividades interdisciplinares na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9795/99).
  
APRESENTAÇÃO COMENTADA DAS EXPERIÊNCIAS

            É evidente a importância de sensibilizar os humanos para que ajam de modo responsável e com consciência, conservando o ambiente saudável no presente e para o futuro. Entende-se por educação ambiental os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente e à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Promove-se a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável. A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta.
            A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. Assim, a grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente com aquilo que ela pretende que seus alunos apreendam, para que possa, de fato, contribuir para a formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente, e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele. Em contrapartida, a escola tem que garantir situações em que os alunos possam colocar em prática sua capacidade de atuação. Sistematizar e problematizar suas vivências e práticas, à luz de novas informações contribui para o reconhecimento da importância do trabalho de cada um, permitindo assim a construção de
um projeto consciente de educação ambiental.
            A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização. O que nela se faz, se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis, e nada melhor do que inserir tudo isso de uma maneira transversal.
            Trabalhar de forma transversal significa buscar a transformação dos conceitos, a explicitação de valores e a inclusão de procedimentos, sempre vinculados à realidade cotidiana da sociedade, de modo que obtenha cidadãos mais participantes. Cada professor, dentro da especificidade de sua área, deve adequar o tratamento dos conteúdos para contemplar o Tema Meio Ambiente, assim como os demais Temas Transversais. Essa adequação pressupõe um compromisso com as relações interpessoais no âmbito da escola, para haver explicitação dos valores que se quer transmitir e coerência entre estes e os experimentados na vivência escolar, buscando desenvolver a capacidade de todos para intervir na realidade e transformá-la, tendo essa capacidade relação direta com o acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade.     É desejável que a comunidade escolar (professores, funcionários, alunos e pais) reflita conjuntamente sobre o trabalho com o tema Meio Ambiente, sobre os objetivos que se pretende atingir e sobre as formas de conseguir isso, esclarecendo o papel de cada um nessa tarefa. O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores sociais e o ambiente escolar é o espaço de atuação mais imediato para os alunos. Cada professor pode contribuir decisivamente ao conseguir explicitar os vínculos de sua área com as questões ambientais, por meio de uma forma própria de compreensão dessa temática, de exemplos abordados sobre a ótica de seu universo de conhecimentos e pelo apoio teórico-instrumental de suas técnicas pedagógicas.
            Nos últimos anos, observa-se uma expansão da educação ambiental no ensino formal, ocorrendo sua universalização nas escolas. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) sancionada em 1997 relaciona a Educação Ambiental como tema transversal, os PCNs, e deixa claro que a mesma deve ser trabalhada de forma interdisciplinar e em consonância com o contexto social. Porém, mesmo que a inserção desta temática seja atualmente uma realidade no ensino formal, sabe-se das dificuldades e desafios que a educação ambiental ainda tem que enfrentar no dia a dia escolar. Devido ao próprio dinamismo da sociedade, o despertar para a questão ambiental no processo educativo deve começar se possível, desde a infância.
            Através das diversas pesquisas feitas sobre essa prática ambiental, foi verificado em sua maior parte que a educação ambiental não é uma área de conhecimento e atuação isolada. Ao contrário, o contexto em que surgiu deixa claro seu propósito de formar agentes capazes de compreender a interdependência dos vários elementos que compõem a cadeia de sustentação da vida, as relações de causa e efeito da intervenção humana nessa cadeia. Geralmente é um tema que esta inserido de maneira informal, onde é trabalhado diretamente com os alunos. Isso é fundamental, pois os envolvem em questões sobre as problemáticas do meio ambiente e assim, sentem-se elemento importante de transformação onde cada um é responsável e pode fazer a sua parte para que possamos viver num mundo melhor. Foi percebido também que na maioria dos casos, há a necessidade de haver cursos de capacitação e formação continuada sobre a temática ambiental para todos os professores. Salienta-se também a importância do papel da escola em inserir a temática ambiental no cotidiano escolar. Projetos voltados à educação ambiental são de suma importância para o desenvolvimento da formação da consciência do aluno em preservar o meio ambiente.
            Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. Porém, pode-se demonstrar que a temática ambiental não deve ser discutida e desenvolvida de uma mesma forma, em todos os níveis do ensino formal, devendo considerar as características diferenciadas de cada fase, como os recursos didáticos e procedimentos pedagógicos comumente utilizados, a fim de constituir-se em um trabalho coerente e bem sucedido.
            Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

            Possibilidades de Atividades Práticas
            Existem várias ações que podem ser desenvolvidas dentro da escola a partir da temática Educação Ambiental. Segue algumas das quais achei super interessante: Coleta Seletiva de Lixo – os alunos conhecem e entendem a seleção e assim um maior cuidado passa a ser dispensado ao lixo. A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a redução do volume de lixo para disposição final. O fundamento da coleta seletiva é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais) do restante do lixo. A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência piloto, que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. A pintura ou padronização das latas de lixo para a coleta correta também pode se dar de maneira lúdica, o que traz uma maior probabilidade de engajamento dos alunos nas atividades. Oficina de reciclagem – É uma atividade que possui um custo inicial, mas, eleva o processo de aprendizado e consciência do aluno para tratar o que é considerado lixo ou descartável. Essa atividade pode envolver artesanato de jornais, revistas, pintura em vidro, modelagem de quadros etc. Confecção de um minhocário – Materiais necessários para cada minhocário: Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral, brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas. Procedimentos: Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobrir com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas. Confecção de mini hortinhas com garrafas pet Materiais necessários: garrafas pet, tesoura, terra, mudinhas ou sementes. Procedimentos: Deite a garrafa pet e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o fundo nem a boca da garrafa. Faça pequenos furinhos no fundo e coloque terra. Em seguida, plante as sementes ou as mudas e é só cultivar com cuidado. Como suporte podemos usar caixas de ovos para que não fiquem diretamente no chão e, de tempos em tempos, estes suportes poderão ser substituídos, pois podem apodrecer com a umidade que escorre do excesso da água pelos furinhos da garrafa. Preservação da Flora – Para que possa ser bem praticada, deve-se enfatizar o processo de conscientização ambiental, mostrando aos alunos a diferença entre um local preservado e um local não preservado por meio de visitas no respectivo município. Desenvolvimento: A primeira visita deverá ser em um local preservado. Pode ser uma praça, um parque (se houver), um clube, dentre outros. Durante a visita, o professor deverá mostrar aos alunos a vegetação do local. A segunda visita será em um local onde se apresente degradação das árvores. Pode ser um local onde tenha ocorrido uma queimada recentemente, ou uma área de desmatamento. Essas visitas deverão ser realizadas em dois dias distintos para que a observação seja bem marcada. È muito importante que o local de preservação e o local degradado do município estejam bem caracterizados, para assim os alunos terem plena consciência ambiental. Atividade de aventura: prática física no meio natural – Os PCN’s recomendam uma Educação Física que extrapole suas atividades curriculares, e que vise a construção de uma escola comprometida com a transformação social que favoreça o conhecimento crítico da realidade. Proposta de aliar atividades de aventura e educação ambiental nas aulas de Educação Física apresenta possibilidades significativas. Não se pode negar o potencial motivador interveniente na busca por fortes sensações, no novo, no desconhecido e no não convencional que as atividades de aventura exercem sobre as pessoas, principalmente sobre o público jovem que se encontra inserido na Educação Básica.  Apesar do custo elevado de alguns equipamentos específicos para a prática de determinadas modalidades de atividade de aventura, há aquelas que poderiam ser incluídas na escola, como exemplo, o trekking, corridas de orientação, skate, caminhadas ecológicas, por serem atividades esportivas que se adaptam bem a realidade da maioria das escolas. Tratam-se de modalidades que não requerem equipamentos específicos, o que por sua vez, facilita sua inclusão. É importante a ênfase na ação crítica dos alunos nas relações que estabelecem com a natureza, apropriando-se de valores ambientais na prática das atividades de aventura junto à natureza, buscando certificar que essas práticas não estejam agredindo o meio no qual elas são realizadas. E que a natureza seja mais que um mero palco para as atividades, mas que haja uma relação de troca, de saber conviver e respeitar. Dentre outros...
            Por meio de alguns exemplos de práticas pedagógicas, pode-se perceber a importância da temática Meio Ambiente e do qual ambiente e disciplinas podem ser anexados, trabalhados e debatidos, sendo portanto um tema realmente de proporção interdisciplinar e transversal.         Percebe-se que a Educação Ambiental é portanto, um instrumento importante para se alcançar uma sustentabilidade de fato e para tanto se faz necessário um processo de aprendizagem contínua, baseado na melhoria da qualidade de vida e promoção da consciência individual gradativa. Além disto, é necessário e fundamental, que seja feita uma reflexão sobre as nossas escolhas pessoais e coletivas e nossas responsabilidades perante as atuais e futuras gerações. Assim, estas discussões em torno da implementação da Educação Ambiental nas escolas, tem de ultrapassar as paredes burocráticas e chegar rapidamente, às salas de aula, e isto não pode acontecer apenas por obra de um professor ou de um grupo, ou escola ou rede, estas discussões têm de ganhar status de política de Estado e permear toda sociedade.
           
CONCLUSÃO

            Educar para o desenvolvimento sustentável, para o meio ambiente, representa estimular o exercício da cidadania, valorizar as diversas formas de conhecimento no contexto interdisciplinar e fortalecer a consciência ambiental. Entendemos assim, que a questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano da sociedade sendo, portanto, a educação ambiental indispensável na formação do educador que pretende contribuir para o debate e para reflexão sobre a relação da escola com as questões sociais, políticas, econômicas e ambientais, em consonância com as Diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental. Acredita-se que o caminho que vem sendo trabalhado pelo Ministério da Educação, ao desenvolvimento da educação ambiental no Brasil, trouxe significativos avanços e contribui com experiências inovadoras, mas fica ainda a sensação de que a estrada é longa, cheia de dificuldades o que requer muita organização, pesquisa, investigação, perseverança, foco e ousadia.
            A Atividade, levando-se em consideração o exposto no referencial teórico sobre a temática ambiental e as práticas pedagógicas, proporcionou uma oportunidade de reflexão sobre a complexidade dos problemas ambientais e do papel fundamental da educação ambiental nas escolas como instrumento essencial à construção da cidadania, cultura e sustentabilidade do Meio Ambiente, não permitindo abordagens sob a ótica de uma única ciência, exigindo-se tratamento interdisciplinar e transversal da educação ambiental.
            A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano da população brasileira, sendo, portanto o tema educação ambiental indispensável nas escolas, na sociedade. A educação ambiental, considerada de uma perspectiva consciente de seus limites, pode ser o caminho para alterar a forma como a sociedade tem de se relacionar com o meio natural. Ela se processa como uma metodologia de caráter interdisciplinar, o que tem dificultado a inserção da abordagem das questões ambientais no sistema de ensino, na qual recomenda-se incentivar o desenvolvimento de trabalhos e atividades em grupo envolvendo diferentes setores culturais, utilizando-se de recursos artísticos e científicos reforçando o conceito de educar por meio do lúdico, a fim de estimular atitudes e ações favoráveis a preservação do meio ambiente e de respeito e responsabilidade em relação ao bem estar dos indivíduos. 
            A proposta de educação ambiental apresentada como sugestão tem como meta o desenvolvimento de pessoas que acreditam no entendimento, consciência e compromisso para com o meio ambiente e se propõe a oferecer uma visão ampla sobre a realidade existente e todos os aspectos sociais envolvidos na questão ambiental. Desenvolver práticas pedagógicas, projetos coletivos, parece ser uma estratégia que pode facilitar o inicio do desenvolvimento de educadores e alunos nas práticas interdisciplinares sobre a temática ambiental.
            Os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais. Eles foram escolhidos por um critério de necessidades comuns em todo o território nacional (abrangência nacional) e por um discernimento de urgência social. Os temas transversais devem ser trabalhados de maneira interdisciplinar, para que seja possível transformar e aceitar uma visão diferenciada de mundo, de conhecimento e de ensino e aprendizagem. A interdisciplinaridade e a transversalidade se completam, na realidade escolar, com o “olhar” de abordar o conhecimento, como algo ativo, inacabado, passível de transformação e de ser vinculado às questões sociais.
            Observa-se que já está estruturado o caminho que precisa ser seguido pela Educação Ambiental, as leis que a regem, os parceiros, já existe bastante discussão a respeito desse tema e muitas bibliografias sobre o tema. O difícil é afastar da teoria e iniciar, dentro do previsto em Lei, ações que podem já de imediato, dentro das escolas, assegurar a possibilidade de mudanças de atitudes a longo e curto prazo. 
            O mais importante na questão da Educação Ambiental na sala de aula é perceber que esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. Outro ponto bastante interessante é que os conteúdos ambientais devem permear todas as disciplinas do currículo e se contextualizarem com a realidade da comunidade. Dessa forma, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
            Deve-se lembrar que o Tema Meio Ambiente não se reduz apenas ao ambiente físico e biológico, mas abrange também as relações sociais, econômicas e culturais. Através dessa visão devemos propiciar momentos de reflexões que induzam os alunos ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental.
           
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente. Brasília: MEC/SEF, 1997.
  • BARBOSA. Laura Monte Serrat. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) — Temas Transversais
  • FRADE, Elaine das Graças; POZZA, Adélia Aziz Alexandre; BORÉM, Rosângela Alves Tristão. Guia de Estudos: educação ambiental na diversidade. Lavras/MG: UFLA, 2010.
  • Educação Ambiental: Curso Básico a distância - Educação e Educação Ambiental II. MMA, 2001
  • MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2011, 268p
  • BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Diversidade na Educação: o que fazem as escolas que dizem que fazem Educação Ambiental. Brasília: MEC, 2006.
  • Projeto Apoema - Educação Ambiental. Disponível em <www.apoema.com.br>. Acesso em 05 de novembro de 2013.
  • MEC. Portal do Ministério da Educação. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/meioambiente.pdf>. Acesso em 06 de novembro de 2013.
  • Lei nº9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Presidência da República. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 06 de novembro de 2013.
  • Manual Prático de Educação Ambiental – FENEP. Disponível em <http://www.sineperio.educacao.ws/arquivos/Livro_Educacao_Ambiental.pdf>. Acesso em 05 de novembro de 2013.
  • Conhecimento adquirido durante a matéria de Educação Ambiental na Diversidade, realizada pela Pós Graduação em Educação Ambiental, UFLA, 2013.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Populações Tradicionais e a Biodiversidade



Ao longo da história, a educação ambiental esteve associada a diferentes valores e interesses, gerando um quadro bastante complexo de educações ambientais com orientações metodológicas e políticas bastante variadas. Essa educação tem sido abordada de diferentes modos como um conteúdo, como um processo, como uma orientação curricular e também tem apresentado objetivos diversos como a conservação da natureza, o gerenciamento de recursos, a resolução de problemas ambientais, a compreensão do ecossistema, a melhoria dos espaços habitados pelo ser humano, a discussão das questões ambientais globais, dentre outros. Falar de educação ambiental é muito mais do que falar em natureza, animais e plantas. Falar de educação ambiental é falar em valores (respeito, cooperação, amizade), em exercício de cidadania, em qualidade de vida. Portanto, ao falar de meio ambiente, fala-se de sociedade, de natureza intacta ou modificada, onde o ser humano se insere como principal agente transformador. Diante dessa perspectiva, pode-se dizer que a temática ambiental nem sempre foi assunto de interesse para a sociedade. Contudo, ao perceber que os recursos naturais que necessitam para sobreviver podem acabar e afetar não só a qualidade de vida da população mundial, mas também o futuro da própria espécie humana, esse quadro ambiental começou a se modificar, no sentido da humanidade procurar soluções para a resolução das questões ambientais que afetam o mundo. Atualmente se vivencia essa crise socioambiental, onde os recursos naturais e a biodiversidade encontram-se cada vez mais escassos, do mesmo modo que a qualidade do meio ambiente torna-se cada vez mais precária, a ponto de colocar-se em dúvida a manutenção de todas as formas de vida.
A biodiversidade tornou-se um tema de interesse internacional, sendo principalmente, objeto de estudo dos cientistas naturais e também nas ciências sociais. Compreende a totalidade de variedade de formas de vida que pode-se encontrar na Terra. Porém, há um aumento muito grande na perda da biodiversidade que envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos. Populações humanas crescentes e pressões econômicas estão levando a uma ampla conversão das florestas em um mosaico de habitats alterados por ação humana. Como resultado da pressão de ocupação humana, a Mata Atlântica por exemplo, ficou reduzida a menos de 10% da vegetação original e os principais processos responsáveis por essa perda da biodiversidade é a perda e fragmentação dos habitats, introdução de espécies e doenças exóticas, exploração excessiva de espécies de plantas e de animais, uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento, contaminação do solo, água, atmosfera por poluentes e mudanças climáticas.
Com a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza em julho de 2000, as Unidades de Conservação (UCs) ganham destaque na política brasileira de gestão territorial. Atualmente, 14,65% do território nacional pertence à UCs. Se as metas assumidas pelo Brasil durante a 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas forem cumpridas, em 2020 aproximadamente 21% do território brasileiro estará sob regime especial de gestão ambiental. Desde a criação do Sistema Nacional, conflitos ambientais tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas centradas nas interfaces entre populações humanas e espaços naturais protegidos, ocasionando em grandes debates em torno dessa relação entre a biodiversidade e populações tradicionais. De um lado, uma busca por evidências por parte dos que defendem a tese de que populações tradicionais sempre depredaram a natureza e de outro, esforço semelhante de cientistas que passam a procurar evidências que comprovem que tais populações protegem a biodiversidade. Com isso, se cria debate em que cientistas e suas pesquisas tornam-se verdadeiras armas poderosas de convencimento, como em um julgamento, onde as pesquisas servem para acusar ou defender populações tradicionais e áreas protegidas, as quais cumprem o papel de rés ou de vítimas ao discutir a questão, se populações tradicionais conservam ou destroem a biodiversidade.


A análise da destruição e da conservação dos recursos naturais, permitiu perceber a existência de populações capazes de utilizar e ao mesmo tempo conservar tais recursos, estes grupos humanos passaram a ser chamados de populações tradicionais, que podem ser tão moderna quanto uma população urbana, sendo o que interessa de fato é a sua relação conservacionista com o meio ambiente, a preservação de valores, de tradições, de cultura. Pode-se até dizer que as populações tradicionais são uma antecipação da sociedade do século XXI, pois se o homem no próximo século não se tornar um conservacionista, poderá colocar em risco a sua própria sobrevivência. Não existe uma população tradicional estereotipada e emoldurada num único conceito. O que existem são populações que por causa de algumas características comuns, são tidas como tradicionais, embora tais pontos comuns não sejam idênticos quantitativa e qualitativamente. As diferenças são reais e totalmente justificadas, não só pelas diferenças do meio em que cada população vive, mas especialmente pelo sistema de produção, o modo de vida que leva e também do grau de interação com outros grupos. As populações tradicionais são portanto, dinâmicas, estão em constante mudança, em sintonia com as mudanças que ocorrem na região e que chegam até elas. Estas mudanças não descaracterizam o tradicional, desde que sejam preservados os principais valores que fazem dela uma população conservadora do meio ambiente.
A entrada das populações tradicionais no mundo do "meio ambiente", deu-se a partir da discussão sobre a presença humana nas Unidades de Conservação. Os países pioneiros na criação de unidades de conservação estabeleceram a tradição de que dentro das mesmas não cabia a presença da espécie humana. Porém, a situação encontrada em países em desenvolvimento, como o Brasil, que apenas há poucos anos criaram suas áreas de preservação e conservação, obrigou a examinar com maior profundidade a relação entre o homem e o meio em tais áreas, chegando-se à constatação de que realmente existem populações cuja ação é altamente benéfica para a conservação do meio, sendo estas constatações empíricas, na qual ainda falta bastante pesquisa para serem confirmadas. Alguns pensadores e cientistas que há anos atrás era contra a presença humana nas unidades de conservação, estão reconhecendo a importância das populações tradicionais que, educadas ambientalmente, podem ser os melhores aliados na luta pela manutenção e até enriquecimento da biodiversidade. A relação entre as populações tradicionais e o meio ambiente é positiva quando há essa possibilidade de manter o progresso humano, de maneira permanente até um futuro longo. Trata-se portanto, de concretizar um desenvolvimento econômico sustentável, incrementando o padrão de vida material dos pobres. A pobreza, a miséria são inimigos potenciais do meio ambiente, na medida em que as necessidades de sobrevivência obrigam muitas vezes as populações tradicionais a agredirem o meio ambiente. Para tornar tais populações aliadas na conservação, é necessário incrementar a oferta de alimentos, a renda real, os serviços educacionais, os cuidados com a saúde, dentre outros. Isto é, torna-se necessário executar junto com tais populações projetos de desenvolvimento sustentável, onde a própria população deve tomar consciência de que o meio onde moram tem de ser fiscalizado por eles próprios, uma vez que eles vivem de tais recursos naturais. As populações tradicionais, através da educação ambiental, devem ser engajadas em outras duas atividades fundamentais para a proteção do meio ambiente: o Monitoramento Ambiental e a Fiscalização. Quanto ao monitoramento ambiental, as pessoas que moram no local, desde que capacitadas, são as mais indicadas para acompanhar o que está acontecendo com o meio no qual vivem. Cumpre depois aos especialistas sistematizar e interpretar tais dados.  


Em tal contexto, as populações tradicionais, apesar do importante papel que exercem no processo de conservação da biodiversidade, encontram dificuldades para permanecer em seus territórios com autonomia, cultivando seus modos de vida e fortalecendo as inter relações ecológicas que praticam há varias gerações. Assim, a lógica de conservação para a sustentabilidade, afinada com os princípios da economia verde e da eficiência técnica, não raro parece ignorar o valor dos conhecimentos tradicionais nos processos de conservação da biodiversidade. De outra forma, a persistência da concepção preservacionista, cuja premissa pressupõe a incompatibilidade entre a presença humana e a conservação das riquezas naturais, ainda se mostra operante mesmo em territórios onde a legislação permite a permanência de populações tradicionais. Esses impasses resultam do confronto entre cosmologias distintas, uma que carrega a marca da ciência ocidental e que estabelece uma fronteira entre os ecossistemas naturais e as sociedades humanas e outra, praticada por populações tradicionais indígenas e não indígenas, para as quais o social e o natural constituem domínios interdependentes. Em Unidades de Conservação de uso sustentável que permite a permanência de populações tradicionais, as relações em jogo parecem apontar para um estranho e mal colocado conflito entre os direitos das pessoas e o interesse público pela conservação da biodiversidade. Contudo, em territórios dessa natureza as variáveis que se colocam, revelam um campo muito mais vasto e complexo de relações que ultrapassam a simples dualidade entre o socioambientalismo e a biodiversidade.






segunda-feira, 23 de setembro de 2013


" Tal como uma pequena semente guarda dentro de si a essência de uma bela árvore... Pequenos gestos de nossa parte podem preservar a vida de todo um Planeta." 
 (Iolanda F. Sigrist) 









terça-feira, 17 de setembro de 2013

FAÇA ACONTECER...



Quase não existe diferença visível entre o atleta vencedor e o que chega por último. 
Ambos possuem o mesmo número de músculos para trabalhar. 
Ambos jogam com as mesmas regras e usam equipamentos semelhantes. 
Porém, o vencedor é o que tem a determinação de vencer. 
O vencedor é aquele que faz o que é preciso, treina dia após dia, esforça-se um pouco mais a cada treino, é capaz de visualizar sua passagem pela linha final à frente do resto. 
Tanto o vendedor melhor pago quanto aquele que raramente realiza uma venda, possuem as mesmas oportunidades. A diferença está no que eles fazem com o que tem. 
Tanto o escritor que mais vende quanto o que nunca publicou nada, possuem o mesmo dicionário cheio de palavras para trabalhar. A diferença está no que eles fazem com o que tem. 
Você já possui a matéria-prima para o sucesso e a realização. 
Você possui o necessário para atingir a grandiosidade em tudo que você quiser. 
Você tem dentro de si o potencial para conquistas extraordinárias.
Ninguém é mais nem menos equipado para o sucesso do que você. 
Mas é você quem deve fazê-lo acontecer. 
É você quem deve assumir o compromisso e fazer o que for necessário para atingir a grandiosidade de que é capaz. 
Você tem o que é preciso. Faça acontecer!!!

(Autor desconhecido)